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Corpo e Lugar: Explorações Site-Specific na Licenciatura em Dança

 

No dia 16 de outubro, a Escola Superior de Dança convida a experienciar o corpo em diálogo direto com o espaço.

Três turmas da Licenciatura em Dança apresentam explorações coreográficas em torno do conceito de site-specific, em que o lugar é o ponto de partida da criação — cada espaço revela-se como fonte de movimento, memória e emoção.

Esta proposta abre caminhos para novas percepções do corpo e da sua relação com o ambiente, convidando a observar como a dança emerge do próprio contexto e transforma o modo como o espaço é vivido.

 

> 16 OUTUBRO, 11H15 | Turma 51
 

Echoes of Becoming

Escadas à direita dos Estúdios D / Traseiras do Edifício F
 

Criação e Interpretação: Bruno Henriques, Francisco Careira, Isabel Ekeseth, Joana Teixeira, Marta Rocha, Sally Zetterstrom, Sofia Lopes

Esta performance explora a relação entre o natural e o humano. Um corpo animal habita o espaço da natureza, mas é forçado a deslocar-se para o território urbano e arquitetónico, onde se adapta sem perder a sua essência instintiva. Ao mesmo tempo, os corpos humanos que entram no espaço natural começam também a ser influenciados por essa ambiência, deixando que o instinto e a matéria orgânica contaminem o seu movimento. Nesta fronteira entre natureza e civilização, entre instinto e razão, a dança revela o conflito e a coexistência desses dois mundos.

 

De Sol a Sol

Traseiras do Estúdio B / Ao lado dos campos da bola
 

Criação e Interpretação: André Carrajola, Bruna Meireles, Eva Lino, Inês Pais, Madalena Saraiva, Marta Rocha, Nuno Machado, Rafaela Salvador, Sancha Fonseca

Um coletivo que se repete até se desgastar, onde cada gesto carrega a memória, outrora semeada,
do que já foi feito.
Nasce um eco do que a terra já conheceu.
Colhe-se o suor, linguagem comum.
Compartilha-se a Resistência como um modo de estar.

 

> 16 OUTUBRO, 14H15 | Turmas 52 e 53

 

Grupo 1

Entre o Centro de Calculo e os campos de jogos

Criação e Interpretação: Bruna Barradas, Lia Martins, Lucía Ferrer, Mariana Calhaço, Pilar Fernández

não há pressa…apenas o acumular silencioso de gestos, camadas e presenças.
O desaparecer pode ser repentino, como um sopro ou o cair da caruma, mas o nascer é sempre um processo paciente: uma sucessão de pequenas transformações que se sobrepõem até que algo, enfim, se torne visível.

 

Grupo 2

Nas traseiras do Edifício F


Criação e Interpretação: Babora Veselá, Daniela Justino, Daniela Pessoa, Inês Martins, Joana Cardoso, Sonia Santosjuanes

Entre folhas que escondem o chão e o vento que levanta o silêncio, procuramos o que se move por baixo, o que respira antes de ser visto. 
Somos quem observa ou quem é observado? 
Vestígios de cada experiência ficam presos no corpo e no cabelo, e partilhamos entre nós....a nossa vivência.

 

Monstros Naturais

Ao lado da entrada para a residência

Num mundo tão real,
Com árvores tão perfeitas,
Sons tao saborosos.
Olho para cima, sinto a harmonia,
Que já foi em tempos acolhida
Olho para baixo, e entendo o desgosto dos animais,
Dos seres que amam a natureza perfeita e viva.
Destruímos tudo, sem reconhecer o terrível que ficou, e o que somos para o ar
Porque eu olho para cima e consigo camuflar-me de árvore,
E sentir o que, provavelmente, ela sente.
Pena que é incapaz de falar,
Se ela falasse iria gritar, de tão desesperada e angustiante,
De tão triste e tão frustrante.
Acho que sou igual a ela,
Carrego o desgosto da minha espécie,
Que é tão traumatizante

Criação e Interpretação: Catarina Dias, David Reis, Inês Rodrigues, Ísis Zarcos, Itzia Serrano, Lara Celeste e Patrícia Duarte

 

Palingenesia

Nas traseiras da cantina, ao lado do Edifício M

Morremos diversas vezes ao longo da vida. 
A morte é uma inevitabilidade, mas, tal como as árvores, somos mutilados e regeneramo-nos para sobreviver à complexa ação de viver. No fim, talvez morrer seja tão simples como sair de casa para a rua. Quem estará verdadeiramente morto - aquele que atravessa para a morte, ou aquele que permanece na vida? 

Criação e Interpretação: Bruna Miranda, Carolina Pica, Diego Sousa, Leonor Ferreira, Mafalda Tavares, Mariana Mendes, Maria Rosa, Marta Nunes, Nelma Barreto, Ricardo Esteves 

Texto Excerto de Sinto os mortos no frio das violetas que consta na obra Poesia, publicada em 1944, Edição da Autora - Sophia de Mello Breyner Andresen. 

 

 

Professora Responsável: Ofélia Cardoso
Professores que lecionam: Stephan Jürgens (Turma 51), Amélia Bentes (turma 52) e Jácome Filipe (turma 53)