BISONTE: ReStage

Dia 16 de julho quatro estudantes finalistas do Curso de Licenciatura em Dança da nossa Escola – Ana P. Silva, Francisca Poças, Mariana Tiago e Luís de Oliveira – juntam-se a oito estudantes do Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris para dançarem BISONTE: ReStage, obra coreográfica assinada por Marco da Silva Ferreira, cuja estreia aconteceu no Centre National de la Danse em Paris, no passado dia 9 de maio.  

A criação repensada para 12 jovens bailarinos é um convite a olhar novamente para os materiais coreográficos moldados em 2019 para 6 performers/amigos e amplificá-los aos doze. É uma versão curta da partitura original, sendo feita uma ponte entre o primeiro ato e o terceiro ato da peça original, sendo levadas para cena danças intensas, virtuosas e dominantes para falar sobre a identidade e a fragilidade nas relações humanas. 

“Que sensibilidade se constrói hoje? Que relações humanas são estas que vivemos? Que comunidades são estas que ainda se medem pelo grande, forte e rápido? Pelo poder, sexo e controlo?” são as questões levantadas por Marco da Silva Ferreira. 

Desde a sua estreia no Porto e passagem por Lisboa, o espetáculo BISONTE  tem percorrido salas europeias e conquistado o público. A quem não viu, esta é uma oportunidade para assistir a uma peça do coreógrafo de referência. A quem já viu, vale a pena rever nos movimentos e corpos dos futuros bailarinos e bailarinas profissionais.
 

Teatro Camões, Lisboa
16 de julho - 18h30

^{Da calma aparente vem uma revolução, da fera vem uma carícia.
Essas figuras são ciborgues crus e sencientes, incapazes de simplesmente existir. Seu toque é sensível, seu olfato é aguçado, sua visão é como um lince. Todos choramos, temos medo, todos desejamos, amamos e tentamo-nos encaixar, protegemo-nos com armaduras que nos isolam, caímos na armadilha dessa caixa que nos define.
Que sensibilidade se constrói hoje? Que intimidades se vivem? O que pretendo mostrar de mim se sou o primeiro a não saber?
Bisonte é um ringue entre a histeria e a melancolia. Um pulso persistente marca o ritmo, ecos de melodias do invisível em nós. O género desvanece-se e abrem-se espaços para uma existência mais vulnerável e bela.}

Ficha Artística
Criação: Marco da Silva Ferreira
Direção Técnica e Desenho de Luz: Wilma Moutinho
Direção Musical:  Marco da Silva Ferreira, Rui Lima e Sérgio Martins
Criação da banda sonora: Rui Lima e Sérgio Martins
Cenografia: Fernando Ribeiro
Figurinos: João Rôla

Interpretação
Ana P. Silva, Francisca Poças, Mariana Tiago e Luís de Oliveira – Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa; 
Lisa Fleury, Blanche Giraudon, Kohaku Journe, Lou Lenormand, Victoria-Rose Roy, Emmy Stoéri, Pierre-Adrien Touret, Madeline Tual – Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris. 

Fotografia ©Marc Domage