Passar para o conteúdo principal

 

Maria Ramos

Coreógrafa e bailarina, vive atualmente em Lisboa.
Entre 1996 e 2009, viveu na Holanda onde estudou e desenvolveu a sua carreira profissional enquanto bailarina, tendo trabalhado com vários coreógrafos na Holanda, Alemanha, Grã Bretanha e EUA, entre os quais se destaca o coreógrafo/diretor Angus Balbernie.

Fez a sua formação formal em Dança na Hogeschool voor de kunsten/ArtEZ (1996-2000) e o mestrado em Coreografia, ArtEZ Master of Choreography (Moc, 2006-2008), no ArtEZ Institute of the Arts, em Arnhem.
De regresso a Portugal, fez o curso de cinco meses de Pesquisa e Criação do Forum Dança, em Lisboa, no contexto do qual criou o seu primeiro trabalho a solo, 7pm/Rumour, peça que dá início ao ciclo de trabalhos Um Certo Grau de Imobilidade, apoiado pela DGArtes e Fundação Gulbenkian, do qual também fazem parte as peças Nerves Like Nylon e Something Still Uncaptured, apresentadas na Holanda, Portugal e Argentina.
No âmbito destes trabalhos publicou o artigo Detecting, choreographing, sculpting – how does an action create the germ of a narrative?, a partir da dissertação de mestrado com o mesmo título, publicação Danswetenschap in Nederland, Dutch Society for Dance Research, e o artigo Like a Dance – Walking for Thinking, publicação Inventing Futures, editado pela ArtEZ Press.
Em 2016, inicia um novo ciclo de trabalhos com Árida, projeto apoiado pela DGArtes, atualmente em circulação.

Paralelamente ao seu trabalho de criação, leciona regularmente no Forum Dança e na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha e na Escola Superior de Dança.

"Quando me perguntam que técnica de dança leciono, acabo sempre por ter que falar sobre o meu percurso e práticas de dança. Nas minhas aulas faço uma abordagem própria a partir das técnicas release (que aprendi quando comecei a estudar dança com Amélia Bentes e Sofia Neuparth, e depois mais tarde no curso de Dança na Holanda com os professores Eva Karczag; Mary Fulkerson, Gil Clarke e João da Silva); contacto improvisação (Karen Nelson; Steve Paxton); pesquisa de movimento; partner work; fall and recovery; trabalho de chão; movimento vertical e através do espaço; improvisação e composição. Desenvolvidas ao longo do meu percurso em dança com professores e coreógrafos da chamada nova dança portuguesa, Sofia Neuparth, Amélia Bentes, Peter Michael Dietz, Clara Andermatt e Francisco Camacho, estes últimos mais intensamente no contexto do Curso de Pesquisa e Criação Coreográfica de cinco meses no Forum Dança; na Holanda e Inglaterra, com os criadores e professores, alguns deles, fundadores do movimento Judson Dance Theater, Steve Paxton, Deborah Hay, Yvonne Rainer (com quem aprendi o solo Trio A) e Karen Nelson/Lisa Nelson, com bailarinos e professores das companhias Trisha Brown e Siobhan Davies, Eva Karczag (que me transmitiu as noções de ‘full-bodied dancing and the practice of being in the moment’ e com quem também pratiquei a arte marcial T’ai Chi Ch’uan que, por sua vez, E.K. aprendeu com a professora Gerda Geddes), Lisa Kraus e Gil Clarke.
Também marcante para mim a nível pedagógico, foi a formação com o colectivo Goat Island Performance Group, Matthew Goulish e Lin Hixson, e com o coreógrafo/director Angus Balbernie, com quem colaborei regularmente enquanto bailarina entre 2000 e 2009."

Fotografia © David Costa